Um novo recomeçar

Após ter realizado uma retrospectiva reflexiva de todas as postagens feitas no blog ao longo do curso, agora é momento final de fazer considerações em relação a tudo que vivenciei durante os quatros anos e meio como aluna e professora.
As postagens realizadas mostram cada momento de angústia, desafio e de alegrias que vivenciei durante toda a trajetória do PEAD.
Precisei superar diversos desafios ao longo dessa caminhada. O desafio inicial foi superar as dificuldades em dominar as tecnologias, que eu não tinha nenhum conhecimento, já que o curso ocorreu em sua maior parte virtualmente e a distância.
Não sabia e nem ao menos tinha idéia do que era um Blog, Wiki, Rooda..., de repente me deparei com tudo isso, inicialmente foi um caos total, mas graças a paciência das professoras e tutoras que nos deram todo o apoio e suporte, consegui vencer esse desafio.
Jamais pensei em trabalhar com o uso das tecnologias, mas como “as coisas mudam de lugar e as pessoas se modificam”, aqui estou trabalhando como coordenadora do ambiente informatizado da escola em que atuo e defendendo o meu TCC que aborda o tema “o ambiente informatizado como meio para desenvolver a autonomia nos alunos”.
Outro desafio sem dúvida foi organizar meu tempo e minha rotina parar conciliar os estudos, que exigiam dedicação.
Aos poucos fui me adaptando à nova vida de estudante e tudo se organizou.
Nosso curso foi único, teve todo um olhar diferenciado, onde tudo foi de qualidade, bem planejado, os professores estavam sempre presentes mesmo que a distância, atentos as nossas aprendizagens, sabiam realmente os avanços e as dificuldades de cada um.
Tanto para nós alunas-educadoras o curso também foi um desafio para a própria UFRGS, que tinha a necessidade de formar profissionais qualificados em uma modalidade EAD, desvinculando a idéia de que curso a distancia é barbada, onde não precisa muito esforço, fomos a prova bem contrária desse pensamento, precisou haver um grande empenho, comprometimento e muito estudo para chegarmos a reta final.
Outro aspecto relevante em nossa aprendizagem é que todas as teorias estudadas ao longo do curso foram aliadas a nossa prática docente. Houve uma grande preocupação com relação a interdisciplinariedade, onde cada eixo abordou assuntos que se complementavam um reforçando o outro.
Hoje me sinto outra pessoa, mais confiante, aprendi com tudo que vivenciei ao longo do PEAD, sou uma nova educadora, tenho um novo olhar sobre educação, tive a oportunidade e o privilégio de ter um ensino de qualidade, pude experimentar práticas inovadoras, que só me acrescentaram profissionalmente, com isso meus alunos se tornaram mais autônomos, onde o diálogo e a afetividade permeiam em minhas aulas, fazendo com que a relação de aluno X professor fique mais próxima.
Vou sentir saudades das “broncas” da professora Bea que na verdade era uma maneira de nos sacudir e de motivar, também daquela energia positiva e alto astral que só ela tem. Saudades... Da calma e sabedoria da professora Irís que sempre foi incansável, foi meu porto seguro. Saudades das palavras amigas das tutoras...

Enfim, muito obrigada!

Eixo VIII

O eixo VIII foi marcado pelo nosso estágio, momento que precisávamos reunir todas as aprendizagens ao longo do curso e colocá-las em prática.
Momento este marcado inicialmente por dúvidas, medos e angustias, afinal todos éramos educadores e estávamos enfrentando mais uma vez um estágio. Porém esse seria bem diferente daquele que vivenciamos durante o curso do magistério, agora não precisamos dar conta do “domínio” de classe, nosso foco era dar conta de ousar, inovar nossa prática.
Nossos medos e angustias era em relação a proposta de trabalho, se realmente daria certo, desde o início do curso a proposta era relacionar a teoria estudada com nossa prática, mas o estágio era o desafio concreto dessa relação.
Foi um tanto difícil, desconstruir e reconstruir muitos conceitos que realizamos em nossa prática docente, mesmo acontecendo ao longo de nossa trajetória durante o curso.
Muitas coisas que estavam acomodadas e outras adormecidas vieram a tona, difícil deixar certos hábitos no qual estávamos acostumados por muitos anos, passar de professor transmissor de conhecimentos a professor mediador das construções dos alunos.
Minhas reflexões durante o estágio demonstravam os resultados da minha prática, as conquistas e construções dos alunos, que também foram desafiados a uma nova proposta de trabalho. Antes éramos acostumados a utilizar o computador apenas como reforço de atividades, passaram assim a serem autores de suas produções e aprendizagens.
Esse momento também ficou marcado por muitas leituras, planejamentos, anotações e reflexões diárias sobre a prática.
Através das minhas observações, com o passar dos dias, percebia o que estava dando certo e o que ainda precisava rever, me sentia mais tranqüila e certa de que estava no caminho correto.
Inicialmente tudo que novo causa efeitos, inclusive espantos e certas desacomodações, com o decorrer do estágio tudo foi se adaptando, os alunos vibravam a cada aula, nossas trocas de conhecimentos eram incessantes, construimos em elo muito grande de amizades, de diálogo e também de confiança. Para mim foi um período de superação, já que precisava dar conta de contemplar os interesses de todos os alunos do turno da tarde no ambiente informatizado.

Experiência do feijão

Gostei muito de realizar a velha experiência do feijão proposto na Interdisciplina de Ciências, agora sob um novo olhar mais crítico essa experiência se tornou inovadora. Antes a experiência era feita de maneira simples, apenas se observava as etapas do desenvolvimento do feijão, agora comecei a questionar minhas alunas, fazendo com que elas em suas observações levantassem hipóteses, partindo do conhecimento prévio, despertando a curiosidade, buscando diversas alternativas para responderem a essas questões, onde elas sintam-se desafiadas, possibilitando a interação e construção de novos conhecimentos. Onde as anotações realizadas servem também para trabalhar com a produção textual, noções de medidas, etc.

Eixo VII

Relendo minhas postagens do eixo VII, as interdisciplinas de Libras e do EJA foram as que mais chamaram minha atenção, estava muito curiosa e ao mesmo tempo motivada, tudo era novidade, pois não faziam parte do meu cotidiano como educadora.
Apesar de o tempo ser curtinho, a interdisciplina de libras veio esclarecer alguns mitos, por exemplo, libras é uma língua e não apenas uma linguagem.
Lembro também o quanto foi difícil traduzir o vídeo gravado pela professora em libras, passando horas em frente ao computador até conseguir realizar o trabalho. Essa dificuldade ocorreu por eu não ter nenhum conhecimento dos códigos em libras anteriormente.
Tivemos a oportunidade de assistir o filme “Meu nome é Jonas”, e perceber o quanto é difícil para um deficiente auditivo se comunicar com pessoas que não entendem a língua dos sinais, sem contar a discriminação que sofrem.
A língua dos sinais é tão importante e não é valorizada, acredito que assim como o inglês é obrigatório no currículo escolar, libras também deveria ser, a cada dia que passa nos deparamos mais com pessoas surdas, é muito difícil a comunicação por não termos conhecimento da língua.
Na interdisciplina do EJA pude ler muito sobre o assunto, inclusive ter contato com pessoas que estudam na EJA por intermédio da observação e pesquisa que realizamos para construirmos um banner.
Foi muito interessante assistir uma aula do EJA, os alunos adultos têm dificuldades semelhantes as crianças em seu processo ensino e aprendizagem, porém são pessoas que muitas vezes por diversos motivos precisaram abandonar seus estudos, ou por terem quando crianças alto índice de repetência, levando assim a evasão escolar.
Durante a observação que fiz, o que mais marcou foi a força de vontade que os alunos adultos têm, em sua grande maioria são trabalhadores que vem para a escola cansados depois de um dia de trabalho. São pessoas com muita garra que querem evoluir, que se sentem valorizados quando o professor dá incentivos e acredita no seu potencial, melhorando inclusive a auto-estima dos mesmos.
Após ter feito a observação na EJA, conversei com meus alunos perguntando se conheciam pessoas ou tinham familiares que estudavam nessa modalidade, muitos responderam que sim, inclusive os alunos da 4ª série relataram que auxiliavam os pais muitas vezes na realização de algumas atividades, sobre os assuntos que já estudaram ou que estão estudando.

Para mim como estudante esse contato com uma classe da EJA foi muito importante, pois nunca tive essa oportunidade antes, apenas já tinha feito leituras sobre o assunto, assim fiz a relação da teoria com a prática.

O papel do professor.

Nesse semestre as interdisciplinas estudadas foram:

• Didática, Planejamento e Avaliação
• Educação de Jovens e Adultos no Brasil
• Linguagem Brasileira de Sinais- Libras
• Linguagem e Educação
• Seminário Integrador VII

Fazendo uma releitura das postagens do eixo VII observei que o grande enfoque foi a importância do papel do professor com relação ao ensino-aprendizagem dos alunos.
As interdisciplinas nos levaram a uma reflexão de como o professor pode influenciar e contribuir na formação dos educandos, não há como não deixar marcas, podendo elas ser positivas ou negativas.
Precisamos ouvir nossos alunos, saber o que realmente cada um traz em sua bagagem de conhecimentos.
Esses conhecimentos que os alunos trazem para a escola precisam ser levados em consideração, acredito que este é o grande ponto de partida, poder trabalhar com os interesses, torna a aula muito mais agradável, sem contar que o aluno acaba se sentindo mais valorizado, permitindo assim que desenvolva sua autonomia e criticidade na construção de sua aprendizagem.
Durante o semestre também tivemos a oportunidade de fazer uma retrospectiva da educação, de como ela acontecia no século passado até os dias atuais.
Eu como professora também pude fazer uma retrospectiva na minha prática pedagógica desde o início da carreira em 1998 até os dias atuais.
Ao ingressar na universidade é que realmente começaram a acontecer as mudanças, quanto mais estudava e lia, mais refletia de que algo precisava ser mudado em minha prática docente.
Comecei então a oportunizar meus alunos a falar e aos poucos fomos trabalhando a partir de seus próprios interesses determinados assuntos nas aulas levando em consideração seus conhecimentos, também eram provocados através de questionamentos e situações desafios, possibilitando a construção de suas aprendizagens.
Percebi como minhas aulas estavam mais atraentes, meus alunos participavam ativamente, inclusive nossos assuntos se estendiam até os familiares, que davam suas contribuições.
Ficando assim evidente que o professor é um mediador e não um transmissor de conhecimento, pude assim comprovar que o nosso papel de educador é fundamental na formação dos alunos, temos em nossas mãos a responsabilidade de formar cidadãos críticos, capazes de pensar e agir com autonomia.

Da teoria a prática.

Eixo VI
Nesse semestre na Interdisciplina Seminário Integrador trabalhamos com a construção de um novo PA, onde os erros que cometemos no PA inicial serviram como base para a construção do segundo PA assim aprendemos com os nossos próprios erros.
Tivemos a oportunidade de fazer uma análise critica, observando os pontos positivos e negativos. O primeiro PA foi construído a partir do interesse comum dos participantes, já o segundo o critério usado foi à afinidade.
A Interdisciplina de Filosofia abordou através das leituras realizadas a concepção de certo e errado, onde o que pode ser certo para alguns é errado para outros, cada pessoa possui um ponto de vista diferente, fruto da educação, da cultura e crenças. Esses estudos mostram como o professor tem um papel fundamental na formação dos alunos, pois lidamos com várias culturas, onde precisamos manter um posicionamento imparcial em muitos momentos para não corrermos o risco de acabar fazendo julgamentos indevidos.
A Interdisciplina de Psicologia nos levou a compreender melhor o pensamento e ações de nossos alunos, de acordo com os estudos de Piaget sobre a psicogênese e o método clínico, a partir das fases do desenvolvimento da criança.
A Interdisciplina de Questões Étnicos Raciais nos proporcionou trabalhar em sala de aula com nossos alunos as raízes familiares, através de uma forma abrangente e muito simples, fazendo com que cada um valorizasse seus antepassados, principalmente a cultura que herdamos.
Mostrou como abordar as questões étnico-raciais, que são asseguradas por lei, de uma maneira bem prática, respeitando e valorizando todas as raças. Trabalhei esse assunto de uma forma lúdica, onde os alunos se identificavam nas histórias infantis, como “Menina Bonita do Laço de Fita”.

A Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais abordou mais a parte da legislação que garante o atendimento a pessoas com necessidades especiais. Realizei um estudo de caso com um aluno portador de deficiência física, as informações que obtive foram através da professora, já que os contatos com os familiares foram poucos.

Eixo V- Projetos de Aprendizagem

Eixo V- Projetos de Aprendizagem

Nesse semestre trabalhamos com os Projetos de Aprendizagem, mais conhecidos como PA.
Como nosso curso de Pedagogia é a distância, foi preciso construir um PA, onde os contatos entre os integrantes do grupo aconteciam virtualmente, trabalhamos de forma cooperativa, onde os registros aconteceram em um Wiki.
A proposta maior foi nos fazer experimentar os PA, para que nos futuros semestres pudéssemos realizar essa prática também com nossos alunos.
Além de ter trabalhado com Projetos de Aprendizagem durante o curso de graduação, certamente levarei essa experiência maravilhosa que tem como objetivo principal desafiar os alunos trabalhando com questões que partem da curiosidade dos mesmos.
Através do trabalho com os Projetos de Aprendizagem tive a oportunidade de ouvir bem mais meus alunos, gerando assim um clima maior de diálogo.

IV Semestre

ZEROBERTO

Eixo IV

Seminário Integrador IV

Representação do mundo pela Matemática

Representação do mundo pelas Ciências Naturais

Representação do mundo pelos Estudos Sociais


O 4º semestre foi um tanto complicado e tumultuado, fomos sufocados pelas atividades da Interdisciplina de Representação do Mundo pela Matemática com tempo curtíssimo para realização de cada módulo.
A primeira aula presencial da Interdisciplina deixou todos espantados, pois nos passaram uma quantidade enorme de atividades que precisávamos cumprir rigorosamente, sendo que nem ao menos a professora conhecia o perfil da turma para iniciar com todas as aulas planejadas do primeiro ao último dia.
Lembro que tínhamos um Wiki para postar as atividades com diversos personagens numéricos que traziam uma mensagem, todos eram coloridos, tinham apelidos e faziam algo inusitado como piscar, mexer-se ou brincar.
Confesso que tinha muitas expectativas com relação a Interdisciplina, mas a cobrança de vencer prazos me limitou a colocar em prática diversas atividades com meus alunos, deixando assim de acrescentar meu trabalho pedagógico, não havia tempo para refletir o que fazíamos.
Já na Interdisciplina da Representação do Mundo pelas Ciências Naturais lembro-me de colocar tudo em prática com minha turma de alunos, as atividades propostas pelo professor Zeca envolvia a nossa prática em sala de aula com experimentos que precisávamos desafiar nos alunos, fazendo assim a relação entre a teoria e a prática. Os registros eram embasados nos experimentos que realizamos com a turma, nossas postagens contemplavam os resultados de nossa prática.
A partir dos questionamentos da Interdisciplina, pude dar mais importância as Ciências, ela serve como um ponto de partida para trabalharmos todos os assuntos em sala de aula.
Na Interdisciplina do Seminário integrador trabalhamos com a proposta Plano Individual de Estudo, onde tivemos a oportunidade de fazer um estudo a partir das nossas curiosidades, cada um era responsável por buscar respostas a sua questão. Sem dúvidas essa atividade nos deu autonomia, mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade, pois ao final do semestre precisamos apresentar uma resposta solucionando nossas questões.

Momentos Inesquecíveis do Pead

Relembro do 3º semestre com muito carinho, para mim foi um dos mais significativos por conseguir relacionar as teorias que estudávamos com minha prática de professora em sala de aula.
Meus alunos faziam os mesmos experimentos que eu enquanto aluna do PEAD.
Lembro de ter lançado o desafio aos meus alunos da construção de uma história coletiva, que também vivenciava no Seminário Integrador III.
Foi sem dúvida um momento inesquecível, pois minha turma era de alfabetização e essa atividade motivou a construção da escrita.
Em meu planejamento os jogos, as histórias infantis, as músicas, as brincadeiras, já faziam parte tudo isso devido a estar estudando em ludicidade e literatura a importância do brincar, percebia no olhar de meus alunos a felicidade em participar das aulas.
Outra interdisciplina que me fez refletir sobre minha prática foi o Teatro, nunca havia pensado em incluir o teatro em minhas aulas, pude trazer para a sala essa maravilhosa arte para meus alunos.
Lembro de construir histórias coletivas e essas virarem pequenas peças de teatro, onde os alunos representavam seus personagens preferidos. Até mesmo aqueles mais tímidos se sentiam a vontade durante as apresentações, onde precisavam dançar e cantar.
A interdisciplina de Música também me fez ter um novo olhar da importância de trabalhar música com os alunos pequenos, sendo que antes jamais fazia parte das minhas aulas.
Lembro de ter feito uma pesquisa onde os alunos foram em busca de cantigas e brincadeiras que fizeram parte da infância de seus avós. Foi trazida a tona diversas brincadeiras que estavam adormecidas, os alunos relataram que os avós além de falar, também brincaram com eles.
Sem dúvida para mim este foi o melhor semestre do PEAD, onde consegui realmente colocar a teoria em prática.
Meus alunos e eu entramos totalmente em sintonia, foi um ano muito especial, lembro de todos os alunos terem sidos aprovados de série.

Momentos marcantes do II Semestre

Durante o II Semestre lembro de ter sido proveitosa a interdisciplina de Alfabetização, pois na época trabalhava com uma turma de 1ª Série.

Os textos eram ótimos, eles vinham bem de encontro com a minha proposta pedagógica de trabalho em sala de aula, onde meu objetivo principal era possibilitar aos alunos uma forma prazerosa de ler e escrever partindo do cotidiano e em busca de novas aprendizagens.

Lembro que naquele momento fiz uma postagem com um pensamento de Paulo Freire: "A linguagem da palavra é sempre precedida de leitura do mundo. E aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade", não fiz nenhum comentário sobre ela, por ter muita dificuldade de me expressar. Relendo minhas postagens percebi o quanto fez falta essa reflexão, pois afinal de contas tudo aquilo que estudávamos, me acrescia cada vez mais, fazendo com que eu continuasse por aquele caminho.

Em uma das minhas postagens do II Semestre relatei sobre a "Escola da Ponte", por ter ficado surpreendida de como os alunos eram tratados, o envolvimento de toda comunidade escolar com o ensino.

Hoje ao longo dessa grande caminhada no PEAD, percebo que também podemos tornar nossa escola, numa "Escola da Ponte", basta querermos, precisamos acreditar e investir em nossos alunos.

A partir do momento que comecei a ouvi-los mais, aos poucos tudo foi se modificando, eles começaram a trazer coisas novas de seu interesse para investigarmos, tornando assim as aulas mais atraentes, onde todos colaboram, deixando para trás aquelas velhas aulas monótonas, onde somente o professor é quem fala.

Na interdisciplina de Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva Histórica fizemos uma retrospectiva de como a educação era nos séculos passados e seus avanços.

Em Infâncias de 0 a 10 anos resgatamos brincadeiras de nossa infância que são passadas de geração para geração.

Em Psicologia começamos a compreender o comportamento do ser humano a partir dos estudos de Freud.

Interdisciplinas do Eixo II:

• Fundamentos de Alfabetização I;
• Seminário Integrador II;
• Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I;
• Escolarização, Espaço e Tempo na perspectiva Histórica;
• Infâncias de 0 a 10 anos.

Recordando o primeiro semestre

Revendo minhas primeiras postagens no blog me deixam um tanto envergonhada por serem tão pobres, mas ao mesmo tempo feliz, o curso de graduação me possibilitou inumeras aprendizagens, principalmente a refletir sobre a minha prática pedagógica e usufruir dessa nova era digital, pelo fato de que nosso curso aconteceu em ambientes virtuais. Estavamos contaminados pelas imagens que tinham movimentos, que piscavam, que eram cheias de graças, porém essas não tinham relação nenhuma com a escrita. Ficam evidentes nas postagens iniciais a enorme dificuldade que eu tinha com relação as ferramentas tecnológicas.

Elas não mostravam reflexões apenas cópias de atividades realizadas nas interdisciplinas.

Naquele momento nossos pensadores eram Max Weber, Marx, Engels.

Participamos de uma gincana virtual, promovida pela professora Vera Corazza, onde nosso maior desafio era encontrar colegas de outros Pólos, formando uma grande rede.

Disciplinas do Eixo I:

• Escola, Cultura e Sociedade
• Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação
• Seminário Integrador I
• Escola, Projeto Pedagógico e Currículo

O início do Pead

Que bom poder refletir sobre o início do curso, onde precisamos superar muitas dificuldades com grandes desafios.
Fomos desafiados desde que optamos em voltar a estudar, inicialmente tivemos que encarar o vestibular e após cada aula uma nova pedra no caminho encontrava.
Foram necessários inúmeros ajustes em nossa rotina, precisávamos nos reeducar com relação ao uso do tempo, afinal precisamos nos dedicar de corpo e alma aos estudos.
A cada aula presencial, voltava para casa com uma série de dúvidas, tinha vontade de desistir, aquelas palavras Blog, Wiki, skipe, Rooda, Gmail, Yahoo eram monstruosas, não faziam parte do meu conhecimento, antes nunca tinha ouvido falar.
Lembro de chorar muito, pois tudo aquilo era assustador, nem ao menos tinha um computador, ou melhor, não sabia nem ligar.
Agora passados quatro anos após ter superado todos aqueles desafios da para olhar para trás e ver o quanto eu cresci, tanto como pessoa, como profissional.
Relembro de muitos dias chegar na escola e falar para minhas colegas do Pead, que não estava mais suportando tanta pressão, que minha vontade era de atirar tudo para o alto e desistir do curso. Nesses piores momentos minhas colegas foram parceiras e me incentivavam a não desistir de um sonho.
Aos poucos fui me adaptando a nova realidade de estudante, começando a compreender todas aquelas palavras difíceis.
A cada etapa superada ao longo desses anos era uma vitória, uma sensação de alivio, de missão cumprida.
Agradeço muito às tutoras do pólo que eram o socorro nas horas de desespero, também as professoras Iris e Bea pelo carinho e paciência.

Reflexão

Reflexão da 11ª Semana
Atendendo aos pedidos dos alunos nessa semana trabalhamos com o tema festa junina.
Os alunos do 1º Ano participaram escrevendo no quadro palavras que sabiam sobre o tema, contando com o apoio dos colegas e da professora.
Após os alunos em duplas criaram um cenário representando um arraial, utilizando o site Smart Kids (monte o seu cenário), durante a atividade puderam ouvir música caipira que o site oferece.
Além de montar o cenário os alunos realizaram o jogo dos sete erros, precisavam encontrar o que havia de diferente entre as cenas e escrever o nome dos mesmos.
Durante a realização das atividades os alunos interagiram bastante, um auxiliando o outro, principalmente na escrita das palavras e na observação do que havia diferente entre as cenas.
As turmas do 2º Ano também realizaram a atividade de montar um arraial, utilizando o site Smart Kids, preferiram escrever frases com o que havia na cena ao invés de jogar o jogo dos sete erros.
Para construir as frases utilizaram o programa Word, onde tiveram opções de escolher tamanho, cor e tipo de letra.
Percebi que fazer opções simples como escolher o tipo de letra na qual vai escrever, gera uma satisfação e autonomia nos alunos sentindo-se mais confiantes, evidenciam falando “que legal poder escolher as cores e tipos de letras que a gente gosta”, “assim os trabalhos ficarão mais bonitos e diferentes”, inclusive disputam para ver quem faz o trabalho mais ousado.
A turma do 4º Ano fez uma investigação sobre a origem das festas juninas, o significado da fogueira de São João utilizando como fonte de pesquisa a internet.
Os alunos produziram um pequeno texto relatando o conhecimento prévio que tinham sobre o tema como comidas típicas, vestimentas, danças e músicas e também as descobertas que fizeram através da investigação que realizaram.
Após a produção textual os alunos apresentaram seus trabalhos contando o que já sabiam e o que haviam descoberto.
O que mais chamou a minha atenção é que os alunos não gostam de participar opinando, foram os primeiros a falarem.
Observei que eles sentiram-se valorizados em poder escrever tudo o que sabiam, estando certos ou não, sem medo de errar.
Durante a conversa surgiram diversas versões sobre a origem da fogueira de são João, os alunos compararam os recursos que havia nos tempos antigos aos que temos atualmente, percebendo o grande avanço tecnológico.
Essa semana também foi muito importante, pois foi o término do meu estágio, mais uma etapa que avancei na minha caminhada, a partir de agora a dedicação será ao relatório do estágio e ao portfólio.

Reflexão

Reflexão da 10ª Semana
Nessa semana o tema “Copa do Mundo” foi abordado com os alunos do 1º Ano a 4ª Série.
Os alunos do 1º e 2ª Ano trabalharam com a bandeira brasileira, como sugestão da professora Iris solicitei aos alunos que pintassem a bandeira com as cores corretas, sem terem o modelo padrão, percebi que os alunos do 1º ano tinham noção das cores, porém apresentaram dificuldade para reconhecer o lugar correto que cada cor ocupa na bandeira, os alunos do 2º ano não encontraram dificuldade em realizar a atividade proposta, também tiveram a oportunidade de criar um mascote para sua turma, inclusive fizeram uma votação e escolheram um mascote para representa-lá.
Demonstraram uma enorme empolgação com a escolha do mascote, solicitaram a professora do ambiente para que o mesmo fosse impresso para que ele pudesse ser exposto na sala de aula.
Como trabalhamos diretamente com a bandeira do Brasil de tecido, os alunos pediram para pegar, tocar e contar as estrelas que ela possui, fiquei surpreendida com a atitude das crianças, inclusive eles falaram que sempre quiseram pegá-la, mas nunca puderam por que ela fica sempre pendurada lá no alto, ficando assim maravilhados com a atividade.
Os alunos do 4ª Ano e da 4ª Série realizaram uma investigação na internet sobre os jogos da Copa, alguns alunos descobriram que há um jogador de Alvorada participando como reserva da seleção brasileira, pediram muito para a professora entrar em contato com a prefeitura para que esse jogador fosse então divulgado pelo município.
Utilizaram o Google Earth para localizar a África do Sul, sede da Copa, o Brasil, o estado do Rio Grande do Sul e a cidade de Alvorada, exploraram todos os recursos possíveis, como fotografias da cidade de Joanesburgo, cidade onde está acontecendo alguns jogos, os alunos ficaram empolgados com todas as imagens que conseguiram visualizar. Fizeram algumas comparações entre as cidades de Alvorada e de Joanesburgo através das fotografias, observando o comércio, ruas, trânsito e a paisagem existente entre as mesmas.
Em uma das falas dos alunos comentavam sobre as facilidades que as tecnologias nos possibilitavam, somente através desses recursos tudo se torna mais real e menos distante, pelo menos da nossa imaginação.
Muitos alunos relataram que depois de conhecer o programa na escola, conseguiram instalar no computador de casa, mostraram para os pais, os mesmos ficaram encantados, contam que nos tempos de criança, isso não existia tudo era visualizado em mapas dos livros. Tiveram alunos que contaram que os pais não queriam mais sair da frente do computador nos finais de semana, gostaram de poder visualizar os mais diversos lugares do mundo.
Para mim esse relato dos alunos sobre o uso do Google Earth em suas residências foi muito importante, pois foi através do trabalho que vem sendo no ambiente informatizado que eles tiveram a oportunidade de conhecer o programa, podendo compartilhar com os seus familiares suas aprendizagens.

Reflexão

Reflexão Semanal-07 a 11/06
Durante essa semana os alunos desenharam no programa Paint o percurso que fazem diariamente entre suas casas até a escola.
Houve representações de maneira bem variadas, como pequenos mapinhas com as principais ruas do bairro realizadas pelos alunos da 4ª Série, como também pequenos trajetos, mas com árvores, casas, sinalização de trânsito e pontos comerciais.
Percebi através dessa atividade de construção de um trajeto, que os alunos observam muito pouco tudo que está a sua volta, muitas coisas passam despercebidas, talvez por não ter significado a eles. Alguns alunos me responderam que na volta para casa iam ver o que existe no caminho, para que na próxima aula pudessem contar tudo o que viram.
Essa atividade sem dúvida desacomodou muitos alunos, fazendo com que os mesmos observassem, investigassem, fossem em busca de respostas.
Foi incrível a quantidade de alunos que me paravam nos corredores e que foram no intervalo do recreio a sala da informática relatar o que haviam observado no caminho casa- escola, evidenciando assim o interesse e curiosidade que esta atividade despertou neles.
Fiquei surpreendida com o retorno dos alunos, nunca imaginei que essa atividade fosse provocar tamanha curiosidade, fazendo com que eles voltassem para a casa observando tudo aquilo que nunca teve importância e que a partir daquele momento começou de uma forma ou de outra a ser percebido.
As professoras das turmas de 1º ano comentaram que a primeira coisa que os alunos fizeram quando chegaram na sala de aula foi correr para a janela e olhar para a rua, relatando tudo que estavam visualizando lá fora, durante aquela tarde foi dificil mantê-los envolvidos com outras atividades, o foco principal era uma espiadinha na janela.

"Colhendo frutos"

Essa semana foi curtinha de 2ª a 4ª feira, mas muito produtiva, na terça-feira durante a reunião pedagógica houve uma avaliação de todos os projetos dos ambientes e das disciplinas de recreação e arte-educação que compõem as horas atividades.
Fiquei bastante feliz ouvindo minhas colegas elogiar o trabalho que vem sendo desenvolvido dentro do ambiente informatizado. Inclusive me questionaram perguntando qual é o “pó mágico” que estou usando para enfeitiçar as crianças, após os encontros os alunos voltam enlouquecidos para a sala, cada um querendo falar mais que o outro, relatando o trabalho que realizaram dentro do ambiente.
Aproveitei o momento e convidei todas as professoras para irem alguns minutos e olharem as produções que os alunos estão construindo no ambiente informatizado.
Antes de iniciar o meu projeto de estágio, a proposta era "reforçar" os conteúdos de sala de aula com jogos pedagógicos virtuais, depois que iniciei o meu estágio, tudo mudou, agora os alunos investigam, constroem, recriam suas próprias produções. Utilizam como ferramentas os softwares como o Paint, Microsoft Word, Google Earth, Gcompris, Youtube, possuem um Wiki onde algumas de suas produções são registradas e podem ser visualizadas por todos, seja na escola, em casa ou na lan house, os pais também podem acompanhar as produções dos seus filhos.

Reflexão

Reflexão Semanal- 31/05 a 02/06
Nessa semana os alunos do 4º Ano concluíram a atividade de representar o trajeto de casa até a escola, através de um desenho no programa Paint.
Inclusive aqueles que na aula anterior não sabiam o nome da rua onde residiam precisaram investigar na ficha do aluno, espontaneamente chegaram dizendo que foram consultar os pais em relação ao seu endereço e que confirmavam com aquele que estava na sua ficha da escola.
A aluna Alessandra que freqüenta a mesma turma trouxe registrada em uma folha de caderno o nome do seu avô, no qual não colocou na árvore genealógica porque não sabia. Ela relatou que foi ao encontro de sua avó investigar o nome desse avô que não era conhecido pela família.
Observei tanto através da investigação da Alessandra quanto na dos alunos que foram descobrir com os seus pais seus endereços, que o trabalho que vem sendo desenvolvido dentro do ambiente informatizado, está sendo significativo aos alunos, pois eles têm ido à busca de respostas aos questionamentos.
O projeto está proporcionando aos alunos uma série de curiosidades, que talvez estivessem adormecidas dentro de cada um.
Com o surgimento de questionamentos dos próprios alunos durante as aulas, está despertando interesse nos mesmos em descobrir coisas que fazem parte de sua rotina, de sua família e da própria identidade que anteriormente não havia significado e nem curiosidade em saber.

Reflexão

Reflexão da Semana de 24 a 28/05
Nessa semana os alunos da 4ª Série exploraram o programa Google Earth onde localizaram a rua da escola e a rua onde residem, visualizaram o centro do município, reconhecendo os órgãos públicos como a Prefeitura e alguns pontos comerciais.
Enquanto os alunos investigavam e localizavam diversos locais, percebi com as falas de alguns que somente através dessa visualização conseguiram entender as maquetes que construíram sobre o bairro e o município.
Com o desenvolvimento dessa atividade, que na verdade foi algo simples, para os alunos foi tudo muito bom, inclusive puderam “enxergar” o município onde vivem.
A partir desse fato percebo que cada vez mais nós professores precisamos fazer o uso das tecnologias a nosso favor e em prol dos alunos.
Ao invés de construirmos maquetes imaginárias, precisamos criar possibilidades aos nossos alunos de adquirir novos conhecimentos.
Quem sabe primeiro exploramos os recursos visuais, utilizando ferramentas tecnológicas, tornando esse algo mais concreto.
Mesmo com todos esses recursos tecnológicos, ainda existem professores resistentes a todas essas mudanças.

Reflexão

Reflexão Semanal- 17 a 22/05

Essa semana foi realizada atividades envolvendo jogos com árvore genealógica e alfabeto para os alunos de 1º e 2º Ano, investigações do significado dos nomes, origem dos sobrenomes para os alunos do 4º Ano e da 4ª Série e produção textual para as turmas de 3º Anos.
Tendo em vista que a semana foi bem produtiva, ficando evidente através do interesse que os alunos demonstraram no decorrer das atividades, a curiosidade que despertaram com as investigações e descobertas que realizaram, sendo essas em pesquisas, nos jogos e em produções de suas próprias autorias.
Os alunos dos 1º e 2º Anos realizaram um jogo de montar uma árvore genealógica, de uma maneira lúdica, onde os personagens tinham falas, podendo ser repetidas por várias vezes.
Percebi o quanto despertou a atenção dos alunos os sons, eles comparavam, questionavam-se perguntando uns aos outros sobre os tipos de vozes, que os avós e pais possuíam.
Observando esse interesse dos alunos me fez refletir o quanto é importante explorar a percepção auditiva deles, podendo assim trabalhar a criatividade, a imaginação e a curiosidade.
Irei em busca de novos jogos e atividades que tenham recursos auditivos, para contemplar o trabalho realizado dentro do ambiente informatizado, proporcionando aos alunos novas aprendizagens.
A investigação que os alunos de 4º Ano e 4º Série realizaram sobre o significado dos nomes e a origem do sobrenome fez com que despertasse a curiosidade e o espírito investigativo dos mesmos.
Observei como se torna significativa à busca por respostas a determinadas perguntas. Esse tipo de atividade desperta a curiosidade e a atenção dos alunos, fazendo com que os mesmos desenvolvam o espírito investigativo, propiciando autonomia através de novos desafios, a irem em busca de alternativas para solucionar situações problemas.
Os alunos do 3º ano produziram um pequeno texto no programa Word, relatando os nomes dos familiares com quem moram, quem os cuidam, quem os trazem para a escola e quem auxilia nos temas de casa. Demonstraram-se bem motivados em contar um "pouco" de sua história de vida, inclusive pediram para ler a produção dos colegas.
A atividade que envolve a produção textual de autoria do próprio aluno torna-se um desafio, onde o mesmo desenvolve o gosto pela leitura e escrita.
Como a produção é de sua autoria, o aluno expõe suas idéias partindo de suas vivências no cotidiano.

Reflexão

Reflexão Semanal de 10 a 14/05

Essa semana a atividade proposta aos alunos do 1º e 2º Ano, foi representar sua família através de um desenho utilizando as ferramentas do programa Paint.
Alguns alunos optaram por desenhar os familiares com quem moravam. Surgindo questionamentos se deveriam desenhar o padrasto e a madrasta, deixei livre para que cada um fizesse sua opção.
Após concluírem os desenhos os alunos do 1º Ano, realizaram uma breve exposição de suas famílias aos demais colegas da turma. Podendo assim reconhecer os diversos tipos de famílias existentes na turma.
Durante a construção dos desenhos da turma 13, a professora e colega do PEAD Denise entrou na sala para levar um recado, começou a olhar os desenhos elogiando, inclusive falou aos alunos que ela não consegui desenhar como eles.
Essas pequenas palavras foram mágicas para as crianças, ficaram eufóricos mostrando tudo que estavam desenhando, deixando a mesma surpreendida.
Logo em seguida que a professora Denise saiu, um menino fez um comentário despertando a atenção dos colegas, disse: “Pena que a nossa professora também não vem olhar nossos trabalhos”.
Respondi a turma, convidem a professora para vir aqui e ver os trabalhos de vocês, o mesmo menino respondeu: “Não sei se ela vem”.
Essa fala do aluno demonstra a realidade que estamos vivenciando no momento, onde os professores titulares das turmas não têm participado das construções dos alunos, no ambiente informatizado. Os colegas professores sabem do projeto que está sendo desenvolvido dentro do espaço, porém não vêem presenciando as construções dos alunos, não por falta de convites, mas sim de iniciativas deles próprios.
Sempre ao final da aula peço para os alunos relatarem a atividade que fizeram no ambiente, convidando a professora para olhar os trabalhos, mas percebo que precisamos trabalhar mais na questão da mobilização, teremos que criar novas estratégias para “seduzi-las” a vir ao ambiente e acompanhar as produções dos alunos.
Os alunos do 2º Ano ainda estão em processo de construção da escrita, muitos em conflitos próprio da etapa do desenvolvimento de aprendizagem. Adoraram a proposta de ter que representar sua família através de um desenho utilizando o programa Paint.
A grande maioria dos alunos evidenciou dizendo que bom poder desenhar e não precisar escrever.
As turmas de 3º Anos construíram a árvore genealógica, completando com o nome de seus familiares.
Teve um dos alunos que escreveu o apelido da mãe ao invés do nome, quando passei olhando as árvores, perguntei a ele, qual era o nome da mãe, inicialmente ficou sem resposta, depois falou o nome correto, mas justificou dizendo que todos a conheciam somente pelo apelido.
Isso me levou a refletir o quanto é importante trabalhar o nome dos pais com os alunos, pois muitos conhecem os apelidos, não sabendo o nome correto.
Os alunos do 4º ano demonstraram interesse em produzir um pequeno texto no Word, relatando o nome dos familiares com quem morava quem ajudava nos temas, quem os cuidava e quem trazia lês para escola.
Tiveram a oportunidade de explorar as ferramentas do programa Word de maneira que quisessem, inicialmente fiz um rápido comentário explicando a utilização de algumas teclas essenciais como o espaço, o shift, o backspace, enter.
Alguns alunos conheciam e utilizavam o programa, ensinando espontaneamente tudo que sabiam, pois tudo o que um fazia os demais queriam saber, assim houve uma troca, uma nova aprendizagem entre os alunos.
Deixando evidente que as descobertas que fizeram com os colegas, foi mais interessante e desafiador que se a professora estivesse “ensinando”.
Gostaria muito que os alunos tivessem realizado sua produção textual direto no Wiki, mas foi necessário utilizar o programa Word, devido a problemas de conexão que estamos enfrentando.

Reflexão

Reflexão Semanal- 03 a 08/05

Essa semana teve como proposta de trabalho um desafio, os alunos precisavam criar ações para relacionarem-se com colegas fictícios portadores de deficiência visual, auditiva e física, de maneira que os mesmos não se sentissem excluídos e discriminados no ambiente escolar.
Os alunos dos 1°anos realizaram os registros de suas ações, através de desenhos construídos com as ferramentas do programa Paint. Sugeriram inclusive nomes aos colegas fictícios.
As turmas de 2ºanos demonstraram através de pequenas frases o registro de suas ações. Os alunos escreveram palavras com letras faltando, em função dos níveis de escrita da psicogênese.
Os alunos maiores fizeram pequenas produções como registros de suas estratégias, utilizando o programa Microsoft Word como recurso.
Observei que essa atividade foi cansativa para os alunos, suas produções ficaram limitadas, não houve empolgação na criação das estratégias, sendo que os alunos pediram para acessar jogos livres.
Fiquei um pouco frustrada, pois a intenção da atividade é fazer com que os alunos refletissem sobre as ações que deveriam buscar para manter um bom relacionamento com portadores de deficiências, sendo que cada vez mais eles estão presentes no nosso cotidiano, são pessoas que merecem ser respeitadas.
Na próxima semana estava planejado a produção de um texto coletivo pela turma, onde deveriam unir todas idéias que surgiram em suas produções.
Refleti sobre tudo o que aconteceu durante a semana e decidi mudar meu planejamento, não dando mais continuidade a atividade prevista.
Daremos seguimento trabalhando como o tema família.

Reflexão

Reflexão da semana 26 a 30/04

Essa semana foi curta devido a atividades da semana da educação, promovido pela SMED.
As atividades com as turmas de 1ºano envolveram o uso da internet, onde os alunos acessaram o site Discovery Kids, na opção jogos Robô Mania. O desafio do jogo era a criação de um robô e a escolha de um nome para o mesmo.
Os alunos realizaram a atividade em duplas, representando o nome do robô de diversas maneiras, construindo hipóteses de escrita.
As evidencias dessa construção foram as mais variadas formas que utilizaram para representar à escrita, podendo assim demonstrar os níveis em que se encontram atualmente.
Em uma das turmas seria realizado um pequeno vídeo, com os alunos apresentando os colegas, não foi possível a divulgação das imagens, os responsáveis não autorizaram. Os alunos organizaram-se em duplas e entrevistaram o colega, perguntando o nome, a idade e as pessoas com quem moravam e após apresentaram o mesmo ao grande grupo.
Com a turma do 4º Ano a proposta era a construção de uma árvore genealógica pelos alunos individualmente.
Fiquei surpresa quando os alunos não souberam responder o nome de alguns familiares, principalmente dos avós e bisavós.
A árvore com o nome de familiares faltando evidenciou que os alunos não conheciam e nem ao menos sabiam os nomes dos parentes.
Solicitei aos alunos que conversassem com os responsáveis, a fim de saberem o nome dos familiares que não souberam identificar na construção de sua árvore.

Reflexão

Reflexão Semanal- 19 a 23/04

Essa semana meu planejamento foi dar continuidade a atividade proposta na semana anterior, os alunos que não conseguiram concluir seus auto-retratos utilizando os recursos do programa Paint, tiveram a oportunidade. Houve bastante trocas entre os alunos, todas as descobertas que os mesmos faziam partilhavam com os colegas e inclusive comigo. O que mais me surpreende é maneira como manipulam a máquina sem medos e receios.
Não repreendi em momento nenhum os alunos, mesmo ficando com medo deles "mexerem" onde pudessem deletar tudo. Fiquei somente imaginando tudo que poderia acontecer.
Descobriram diversas coisas, dentre uma delas, como aumentar e diminuir a borracha, enfim enlouqueceram...
O mais desafiador para os alunos foi utilizar os recursos do Paint à vontade, sem restrições, certamente essas descobertas foram bem mais significativas do que seu eu tivesse preparado uma apresentação de como utilizar o programa.
Os alunos comentaram em sala de aula sobre suas experiências que tiveram no ambiente informatizado, fazendo com que vários colegas professores procurassem saber o que estava acontecendo dentro do mesmo.
Percebi mais uma vez, que precisamos criar meios para que os alunos consigam sozinhos fazerem suas próprias descobertadas, que possamos apenas ser um elo de ligação.

Complemento

A história "Peixinhos" fala sobre as diferenças, o preconceito, as dificuldades que o Peixe Vermelho encontrou quando foi parar no lago onde somente existiam Peixes Verdes. Aproveitei o tema que a história traz para que os alunos percebam as diferenças existentes entre as pessoas. No momento em que cada aluno fez seu auto-retrato, através de um desenho utilizando o programa Paint, pode demonstrar a maneira como ele se enxerga e as diferenças entre ele e os demais colegas.
Os alunos trabalharam em duplas, enquanto um fazia seu desenho o outro colega assistia, podendo auxiliar o colega somente na utilização dos recursos oferecidos pelo programa, sem fazer intervenções no desenho do outro.
O wiki da turma já foi criado, mas ainda faltam colocar os auto-retratos dos alunos, os mesmos foram salvos como fotos.
O endereço do nosso wiki é:
www.aturmadomonteirolobato.pbworks.com
A sensação que pude ter a partir dessa semana é de que o ambiente informatizado é espaço de muitas trocas, interações, onde não há disputas entre quem sabe mais ou menos, a aprendizagem ocorre de uma maneira lúdica.

Reflexão

Reflexão semanal- 12 a 16/04

Observei nessa primeira semana de estágio trabalhando com as nove turmas do turno da tarde, que os alunos ficaram um pouco surpresos quando falei que iríamos trabalhar com um projeto envolvendo histórias infantis dentro do ambiente, não seriam com jogos no primeiro momento e sim com produções deles. Essas produções serão registradas no Wiki "A Turma do Monteiro Lobato", onde poderão ser visualizadas por todos. Evidenciaram surpresa através de questionamentos, perguntando o que iriam fazer dentro do ambiente, que tipo de atividade seria desenvolvida.
Inicialmente trabalhamos com a história "Peixinhos" da autora Monika Papescu, esta escolhida pelos alunos através de uma pesquisa anteriormente realizada.
A história foi apresentada em slides no programa Power Point, após em duplas os alunos fizeram seus seus auto-retratos utilizando as ferramentas do programa Paint.
Percebi uma grande dificuldade dos alunos em dominar o mouse para realizar seu desenho, foi geral desde os alunos menores do 1º ano, bem como os maiores da 4ª Série.
A atividade foi bem desafiadora, observei bastante empolgação quando mostrei os recursos do programa Paint e que todos poderiam explorar a vontade, de acordo com sua criatividade.
A dificuldade maior que tive foi a questão do tempo com relação as turmas maiores, que precisam ser divididas em dois grandes grupos.
Atualmente o ambiente conta com 11 micros, os encontros com alunos são semanais e tem duração de 60 minutos.
Para que todos os alunos consigam realizarem seus desenhos, vamos utilizar também a aula da próxima semana.

Oficina com a escritora Monika Papescu

A escritora Monika Papescu visitou rescentemente a nossa escola, nesse dia realizou uma oficina com os alunos, mostrando através de ilustrações a maneira como cria suas histórias e suas técnicas que utiliza para confeccionar suas obras.

Projeto a ser desenvolvido no Ambiente Informatizado

Será realizado no Ambiente Informatizado um projeto onde vamos trabalhar com a valorização da auto-estima dos alunos, tendo em vista a questão da diversidade.
Vamos construir um Wiki, onde os alunos irão registrar suas produções.
Esse projeto atenderá alunos de 1º Ano a 4ª Série, para cada ano ou série os conteúdos e objetivos serões de acordo com o nível dos alunos.
Serão utilizadas histórias infantis como apoio para desenvolver o tema.
Iniciaremos nosso trabalho com a história escolhida pelos alunos chamada “Peixinhos” da autora Monika Papescu, onde retrata a questão das diferenças.
Como pude observar e questionar os alunos sobre as diferenças, a questão de rir do colega, dos apelidos, da agressividade em se relacionar com os outros, surgiu o projeto que pretende trabalhar com essa questão.

Minha Escola de Estágio

Escola Municipal de Ensino Fundamental Monteiro Lobato

Escola Municipal de Ensino Fundamental de 1º Ano a 4ª Série Monteiro Lobato, localizada na travessa Treze de Maio s/nº, Vila Americana, Alvorada.
Telefone para contato: (051) 34837168.
Possibilidade de transporte: Ônibus linha Americana da empresa Soul.
Mapa virtual: Tendo como referência a Avenida Getúlio Vargas.
Características da escola: Escola de porte médio, com os turnos manhã e tarde de funcionamento, no horário das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas.
Tipo de População que atende: Atende a uma população carente, com 530 alunos (na faixa etária entre 6 e 15 anos).
Professores e funcionários da escola: Possui 24 professores, 1 secretária, 1 vigia, 2 serventes, 4 merendeiras, 2 vices-diretora e uma diretora.
Estrutura Física: Como espaços possui um laboratório de informática, laboratório de aprendizagem, biblioteca, brinquedoteca,vídeteca, cozinha, secretaria, sala dos professores, mini quadra esportiva, refeitório e mini pracinha.
Na parte física possui três pavilhões de alvenaria, dois deles comportam as salas de aulas, brinquedoteca, sala dos professores e banheiros, no outro pavilhão com dois pisos ficam a secretária, o refeitório, a cozinha, o banheiro dos funcionários, a biblioteca, vídeoteca, o laboratório de informática, o laboratório de aprendizagem e um pequeno saguão.
Na escola existe um laboratório de informática com 11 micros, onde a conexão da internet é via banda larga.
Recursos: Quanto aos recursos existentes na escola tem Datashow, Notebook, mimeógrafo, televisor, aparelho de dvd, rádios, retroprojetor e copiadora (xerox).
Funcionalidade do laboratório de informatica: Os alunos têm acesso ao ambiente uma vez por semana com duração de 60 minutos cada turma, o trabalho do mesmo acontece mediante um planejamento da professora titular da turma com o coordenador do laboratório.
Caracteristicas da Direção: A direção da escola trabalha em parceria com toda a comunidade escolar (pais, alunos, funcionários e professores) em busca de uma proposta de qualificação, tendo em vista novas inovações no ambiente escolar.
Reniões Pedagógicas: Uma vez a cada 15 dias são realizadas reuniões pedagógicas determinadas pela SMED.
Sistema de Avaliação: A escola possui um sistema de avaliação através de parecer descritivo por trimestre.
Supervisão de estágio: Temos como supervisora de estagio a vice-diretora professora Luciane, formada em pedagogia.

A Viagem Pead

A Viagem Pead
Em agosto de 2006 embarcamos em uma viagem muito louca chamada PEAD para uma Ilha Desconhecida, onde a única certeza era que a chegada aconteceria no final de2010.
Todos felizes por ingressar em uma universidade, uns em busca de qualificação profissional, outros realizando um sonho.
Estávamos indo a uma direção totalmente desconhecida guiada pelas Professoras Bea e Íris, no qual apostaram tudo nessa turma que embarcava.
No início aconteceram muitas tempestades, tripulação assustada e perdida.
Ao longo da nossa viagem fomos observados por muitas pessoas, gente que não apostava nada em nossa capacidade, outros acreditavam com receio, assim como havia apenas os curiosos. E lá estavam firmes e fortes nossas guias, que comemoravam a cada vitória do grupo, também aconselhavam e davam broncas quando a embarcação se perdia ou tentava desviar o trajeto.
Tivemos tripulantes que decidiram abandonar a embarcação, assim como outros que resolveram embarcar mesmo com a viagem em andamento.
Cada início e término de semestre foram muito comemorados, onde junto levamos nossos familiares que querendo ou não se envolvem também nessa viagem.
Como grupo de apoio à embarcação tinha as tutoras que estavam ali auxiliando as 24horas. Participaram dessa viagem uma equipe de pessoas especiais como Pro Luciane Real, Marilene Paré, Vera Corazza, Marias...Zecas...
Nessa viagem tinha algo muito especial chamado união, todavia a embarcação era à distância, mas distância foi o que houve, sempre que um tripulante precisou de socorro gritava na famosa lista do Pead. Onde estamos sempre ali uns prontos para auxiliar os outros.
Lembro bem no início da viagem em meio a tantas tempestades onde grande parte da tripulação (inclusive eu) não tinha e-mails, nunca ouviram falar em blog, muito menos que wiki existia.
Nossos amigos perguntavam sobre nossa viagem, falávamos que era tudo muito diferente, uns ficavam impressionados, outros riam.
Pois é, ao longo de nossa viagem aprendemos muitas coisas, inclusive conseguimos fazer revoluções dentro de nossas escolas adquirindo novos parceiros e um bocado de inimigos.
Fizemos por diversas vezes nossos alunos de cobaias de nossos experimentos, no qual todos sobreviveram.
Agora nossas guias falam que já estão avistando a praia mesmo que ainda de longe.
Entramos profundamente em alto mar, agora estamos na fase estágio, que sem dúvidas será tão importante como as demais, mesmo sentindo que a praia está mais próxima precisamos trabalhar incansavelmente.
Percebo que a satisfação das guias é enorme e contagiante, mesmo sabendo que ainda resta talvez uma das partes mais difíceis da viagem.
Com alegria seguimos nossa fascinante viagem por mais um semestre.