11/25/2010

Eixo VIII

O eixo VIII foi marcado pelo nosso estágio, momento que precisávamos reunir todas as aprendizagens ao longo do curso e colocá-las em prática.
Momento este marcado inicialmente por dúvidas, medos e angustias, afinal todos éramos educadores e estávamos enfrentando mais uma vez um estágio. Porém esse seria bem diferente daquele que vivenciamos durante o curso do magistério, agora não precisamos dar conta do “domínio” de classe, nosso foco era dar conta de ousar, inovar nossa prática.
Nossos medos e angustias era em relação a proposta de trabalho, se realmente daria certo, desde o início do curso a proposta era relacionar a teoria estudada com nossa prática, mas o estágio era o desafio concreto dessa relação.
Foi um tanto difícil, desconstruir e reconstruir muitos conceitos que realizamos em nossa prática docente, mesmo acontecendo ao longo de nossa trajetória durante o curso.
Muitas coisas que estavam acomodadas e outras adormecidas vieram a tona, difícil deixar certos hábitos no qual estávamos acostumados por muitos anos, passar de professor transmissor de conhecimentos a professor mediador das construções dos alunos.
Minhas reflexões durante o estágio demonstravam os resultados da minha prática, as conquistas e construções dos alunos, que também foram desafiados a uma nova proposta de trabalho. Antes éramos acostumados a utilizar o computador apenas como reforço de atividades, passaram assim a serem autores de suas produções e aprendizagens.
Esse momento também ficou marcado por muitas leituras, planejamentos, anotações e reflexões diárias sobre a prática.
Através das minhas observações, com o passar dos dias, percebia o que estava dando certo e o que ainda precisava rever, me sentia mais tranqüila e certa de que estava no caminho correto.
Inicialmente tudo que novo causa efeitos, inclusive espantos e certas desacomodações, com o decorrer do estágio tudo foi se adaptando, os alunos vibravam a cada aula, nossas trocas de conhecimentos eram incessantes, construimos em elo muito grande de amizades, de diálogo e também de confiança. Para mim foi um período de superação, já que precisava dar conta de contemplar os interesses de todos os alunos do turno da tarde no ambiente informatizado.

11/18/2010

Experiência do feijão




Gostei muito de realizar a velha experiência do feijão proposto na Interdisciplina de Ciências, agora sob um novo olhar mais crítico essa experiência se tornou inovadora. Antes a experiência era feita de maneira simples, apenas se observava as etapas do desenvolvimento do feijão, agora comecei a questionar minhas alunas, fazendo com que elas em suas observações levantassem hipóteses, partindo do conhecimento prévio, despertando a curiosidade, buscando diversas alternativas para responderem a essas questões, onde elas sintam-se desafiadas, possibilitando a interação e construção de novos conhecimentos. Onde as anotações realizadas servem também para trabalhar com a produção textual, noções de medidas, etc.

11/14/2010

Eixo VII

Relendo minhas postagens do eixo VII, as interdisciplinas de Libras e do EJA foram as que mais chamaram minha atenção, estava muito curiosa e ao mesmo tempo motivada, tudo era novidade, pois não faziam parte do meu cotidiano como educadora.
Apesar de o tempo ser curtinho, a interdisciplina de libras veio esclarecer alguns mitos, por exemplo, libras é uma língua e não apenas uma linguagem.
Lembro também o quanto foi difícil traduzir o vídeo gravado pela professora em libras, passando horas em frente ao computador até conseguir realizar o trabalho. Essa dificuldade ocorreu por eu não ter nenhum conhecimento dos códigos em libras anteriormente.
Tivemos a oportunidade de assistir o filme “Meu nome é Jonas”, e perceber o quanto é difícil para um deficiente auditivo se comunicar com pessoas que não entendem a língua dos sinais, sem contar a discriminação que sofrem.
A língua dos sinais é tão importante e não é valorizada, acredito que assim como o inglês é obrigatório no currículo escolar, libras também deveria ser, a cada dia que passa nos deparamos mais com pessoas surdas, é muito difícil a comunicação por não termos conhecimento da língua.
Na interdisciplina do EJA pude ler muito sobre o assunto, inclusive ter contato com pessoas que estudam na EJA por intermédio da observação e pesquisa que realizamos para construirmos um banner.
Foi muito interessante assistir uma aula do EJA, os alunos adultos têm dificuldades semelhantes as crianças em seu processo ensino e aprendizagem, porém são pessoas que muitas vezes por diversos motivos precisaram abandonar seus estudos, ou por terem quando crianças alto índice de repetência, levando assim a evasão escolar.
Durante a observação que fiz, o que mais marcou foi a força de vontade que os alunos adultos têm, em sua grande maioria são trabalhadores que vem para a escola cansados depois de um dia de trabalho. São pessoas com muita garra que querem evoluir, que se sentem valorizados quando o professor dá incentivos e acredita no seu potencial, melhorando inclusive a auto-estima dos mesmos.
Após ter feito a observação na EJA, conversei com meus alunos perguntando se conheciam pessoas ou tinham familiares que estudavam nessa modalidade, muitos responderam que sim, inclusive os alunos da 4ª série relataram que auxiliavam os pais muitas vezes na realização de algumas atividades, sobre os assuntos que já estudaram ou que estão estudando.
Para mim como estudante esse contato com uma classe da EJA foi muito importante, pois nunca tive essa oportunidade antes, apenas já tinha feito leituras sobre o assunto, assim fiz a relação da teoria com a prática.

11/07/2010

O papel do professor.

Nesse semestre as interdisciplinas estudadas foram:
  • Didática, Planejamento e Avaliação
  • Educação de Jovens e Adultos no Brasil
  • Linguagem Brasileira de Sinais- Libras
  • Linguagem e Educação
  • Seminário Integrador VII

Fazendo uma releitura das postagens do eixo VII observei que o grande enfoque foi a importância do papel do professor com relação ao ensino-aprendizagem dos alunos.
As interdisciplinas nos levaram a uma reflexão de como o professor pode influenciar e contribuir na formação dos educandos, não há como não deixar marcas, podendo elas ser positivas ou negativas.
Precisamos ouvir nossos alunos, saber o que realmente cada um traz em sua bagagem de conhecimentos.
Esses conhecimentos que os alunos trazem para a escola precisam ser levados em consideração, acredito que este é o grande ponto de partida, poder trabalhar com os interesses, torna a aula muito mais agradável, sem contar que o aluno acaba se sentindo mais valorizado, permitindo assim que desenvolva sua autonomia e criticidade na construção de sua aprendizagem.
Durante o semestre também tivemos a oportunidade de fazer uma retrospectiva da educação, de como ela acontecia no século passado até os dias atuais.
Eu como professora também pude fazer uma retrospectiva na minha prática pedagógica desde o início da carreira em 1998 até os dias atuais.
Ao ingressar na universidade é que realmente começaram a acontecer as mudanças, quanto mais estudava e lia, mais refletia de que algo precisava ser mudado em minha prática docente.
Comecei então a oportunizar meus alunos a falar e aos poucos fomos trabalhando a partir de seus próprios interesses determinados assuntos nas aulas levando em consideração seus conhecimentos, também eram provocados através de questionamentos e situações desafios, possibilitando a construção de suas aprendizagens.
Percebi como minhas aulas estavam mais atraentes, meus alunos participavam ativamente, inclusive nossos assuntos se estendiam até os familiares, que davam suas contribuições.
Ficando assim evidente que o professor é um mediador e não um transmissor de conhecimento, pude assim comprovar que o nosso papel de educador é fundamental na formação dos alunos, temos em nossas mãos a responsabilidade de formar cidadãos críticos, capazes de pensar e agir com autonomia.